PA: ROTEIRO DE ESTUDOS - ENSINO SUPERIOR E RENDA

OLÁ GALERA DOS TERCEIROS!!!

CONFORME COMBINADO SEGUE UM ROTEIRO DE ESTUDO SOBRE O ENSINO SUPERIOR E SUA RELAÇÃO COM A RENDA DE QUEM O POSSUI.

PARA REALIZAR ESTA ATIVIDADE PRIMEIRO LEIA OS TEXTOS SOBRE O TEMA E RESPONDA ÀS QUESTÕES.

O TRABALHO PODERÁ SER REALIZADO EM DUPLAS.

A ENTREGA PREVISTA PARA ATÉ O DIA 15/04.

SEGUEM OS TEXTOS:

TEXTO 1 -

Metade dos que têm diploma ganha até 4 salários mínimos


ÉRICA FRAGA
DE SÃO PAULO08/09/2014 02h00
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Quase metade dos trabalhadores com ensino superior que atuam no mercado formal no país ganhavam, no máximo, quatro salários mínimos em 2013 (o equivalente na época a R$ 2.712).

A faixa de renda entre dois e três salários mínimos era a que agrupava a maior fatia dos que possuem diploma universitário (16% do total).

Apenas 5,3% dos trabalhadores com ensino superior tinham remuneração média superior a 20 mínimos.

Entre trabalhadores com mestrado e doutorado, o percentual dos que recebiam o teto de quatro mínimos no ano passado era de, respectivamente, 36% e 23%.

Os dados –que foram levantados pela Folha na Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho– são um retrato da realidade salarial do país. "Os salários pagos no Brasil, de forma geral, ainda são baixos, apesar de a renda ter aumentado", afirma o economista Naercio Menezes Filho, do Insper.

Menezes Filho e outros especialistas destacam também que os dados podem refletir diferenças na qualidade dos cursos de ensino superior.

"Existe uma heterogeneidade grande na formação superior", diz Fernando Veloso, economista da FGV.
Editoria de Arte/Folhapress



Um estudo de Menezes Filho mostra que, nos últimos anos, os salários pagos em carreiras com grande número de formados caíram. É o caso de áreas como enfermagem, administração de empresas e marketing.

Já carreiras como medicina, engenharias, economia e ciências sociais registraram aumento de salários.

"Parece existir um efeito de mudanças de demanda e oferta no mercado, mas fatores como diferenças na qualidade da formação também podem influenciar os salários", diz Menezes Filho.

"PRÊMIO" SALARIAL

Economistas ressaltam, no entanto, que a recompensa em termos de renda a mais ("prêmio" salarial) por um diploma universitário no Brasil permanece elevada, embora tenha caído.

Em 2011, trabalhadores com diploma universitário tinham remuneração, em média, 160% maior do que aqueles com ensino médio.

Segundo dados da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), esse "prêmio" era o segundo maior em um grupo de 34 países desenvolvidos e emergentes grandes.

Isso se explica, em parte, pela fatia ainda baixa –embora crescente– da população adulta (25 a 64 anos) com ensino superior no país.

De acordo com a OCDE, em 2011, esse percentual era de apenas 12%, o mais baixo entre os países para os quais a instituição tem estatísticas.

Os dados da Rais mostram que a parcela dos trabalhadores no mercado formal com ensino superior aumentou pouco. Entre 2007 e 2013, passou de 15,2% para 17,8%.

As estatísticas da Rais incluem tanto trabalhadores regidos pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) quanto servidores públicos com estabilidade (estatutários) e sob regime especial.

Em 2013, o total de trabalhadores computado na Rais era de 48,9 milhões.

O economista Simon Scwhartzman, presidente do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade afirma que a ampliação de bolsas e do financiamento estudantil representa um incentivo a mais para a conclusão do ensino superior no Brasil: "Como o custo do ensino superior é baixo e muitos cursos são à noite e não requerem muito estudo nem formação anterior, acho que vale a pena".
Editoria de Arte/Folhapress



TEXTO 2 - 

Quem estuda ganha até três vezes mais
Diferença já foi maior. Trabalhador com nível universitário recebe 167% acima dos que têm ensino médio
POR CÁSSIA ALMEIDA - O GLOBO
21/10/2012 23:00 / atualizado 21/10/2012 23:38


RIO — Mais estudo, mais renda. Esta lógica permanece arraigada no imaginário brasileiro como algo inquestionável. Porém, a desigualdade traduzida na diferença salarial entre os níveis de instrução vem caindo há duas décadas. O abismo maior está entre os que concluíram o ensino superior na comparação com os que só estudaram até o ensino médio. Ter diploma universitário garante hoje uma renda 167% maior frente ao último ciclo do ensino obrigatório (ensino médio).

Essa distância, no entanto, já foi maior. Em 2002, o “prêmio” de renda para quem tinha diploma universitário na mão chegava a 192%, o ponto mais alto nas últimas décadas. Em 1995, o abismo era de 134%. Só 12,5% da população ocupada brasileira têm curso superior concluído, e a taxa de desemprego é de 3,8%, frente aos 6,7% da média da força de trabalho:

— Aumentou a oferta de mão de obra com ensino médio, mas não tanto no ensino superior. A demanda por esses profissionais cresceu muito — afirmou Naercio Menezes Filho, coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper, que fez os cruzamentos usando a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo IBGE.

Faculdade como carta de alforria

David Marcos de Almeida Neves, de 27 anos, sabe bem o valor do diploma. Para ele, “a faculdade foi uma espécie de carta de alforria”. Trabalhando como borracheiro, conseguiu concluir a faculdade de Farmácia:

— Foi muito difícil conciliar trabalho de domingo a domingo, estudo, estágio. Nunca pensei em desistir dos estudos, embora quase tenha largado a faculdade por questões financeiras. Mas valeu a pena, sempre soube que a faculdade seria uma espécie de carta de alforria para mim — disse.


Morador de Piedade, Zona Norte do Rio, ele passou de um salário de trabalho informal de R$ 300 como borracheiro, em 2005, para R$ 2.200 como recém-contratado no emprego de farmacêutico. Sua vida mudou. Na época, ele economizava o que podia para pagar a faculdade de R$ 800 mensais.

Além de seu trabalho, ele contava com um financiamento do Fies, programa governamental que garantiu 50% de sua mensalidade, e da ajuda de pais e tios. Mas não foram dias fáceis.

— A questão não é só financeira, a faculdade me permitiu conhecer mais pessoas, mais culturas e me abriu um leque de oportunidades. Já fui convidado a dar aula, trabalhar em hospital, sempre existe a possibilidade de ir para a indústria farmacêutica — afirmou David, atualmente responsável por uma drogaria no Leblon, Zona Sul do Rio. Ele agora quer fazer pós-graduação e aprender inglês, e já comprou até uma casa.

Diante do aumento da oferta de trabalhadores com o ensino médio completo, a diferença salarial entre quem concluiu o antigo segundo grau e os que têm só o ensino fundamental caiu com força. Em 1995, a distância salarial era de 44%; em 2011, estava em 23%.

— Houve grande expansão de matrículas, mas a economia não estava demandando no mesmo ritmo. A procura é por mais qualificados, com ensino superior e pós-graduação e até menos qualificados. Por isso, caiu esse retorno da educação — disse Menezes Filho.

Até mesmo no ensino superior, a mão de obra partiu mais para área de Humanas, como pedagogia e administração. Agora, com a economia mais aquecida, cursos como engenharia e medicina começam a aumentar, comentou Menezes Filho.

Rafael Osório, diretor de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vê o encurtamento dessa distância salarial como um passo na direção dos países desenvolvidos:

— E esse padrão veio para ficar. Isso é bom. Diminui a desigualdade. Não há esse diferencial de renda entre os que cursaram o ensino superior e o médio na Dinamarca, na Finlândia, na Suécia. Temos que nos acostumar com uma estrutura de incentivos mais enxuta. O ensino médio não confere mais o grau de proteção de antes.

Menos de 0,9% tem mestrado ou doutorado

Para Osório, o trabalhador brasileiro não pode parar no ensino superior, tem que perseguir especialização. Conseguir concluir um mestrado e o doutorado faz disparar o salário. Segundo dados da Pnad, são 92,5 milhões de ocupados e, destes, apenas 771.409 têm mestrado ou doutorado. Ou seja, um percentual inferior a 0,9% do total de ocupados no país. Assim, o salário dobra em relação aos que têm diploma universitário e fica 426% maior frente a quem só concluiu o ensino médio.

Quer dizer, a diferença vem caindo, mas o prêmio por mais educação que o mercado paga ainda é altíssimo nos maiores níveis de instrução. E, claro, o emprego é pleno. A taxa de desemprego desse grupo é de apenas 1,4%. Ou seja, estudar ainda vale muito a pena.

AGORA QUE LEU OS TEXTOS, REALIZE AS ATIVIDADES:

1) FAÇA UMA ANÁLISE DOS DADOS APRESENTADOS NOS TEXTOS COMPARANDO OS INDICADORES DE RENDA E NÍVEL DE ENSINO DOS TRABALHADORES; INDICADORES DE RENDA COM OS DESEMPREGADOS; COMPARAÇÃO DO PRÊMIO DE EDUCAÇÃO EM RELAÇÃO AOS OUTROS PAÍSES

2) ELABORE GRÁFICO COM OS DADOS APRESENTADOS NOS TEXTOS E FAÇA UMA ANÁLISE SUPONDO HIPÓTESES PARA O FENÔMENO APRESENTADO

BOM TRABALHO

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