PA: FACULDADE E OS ESTÁGIOS - O QUE ESPERAM DE MIM?

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DEPOIS DE CONSEGUIR CHEGAR NO ENSINO SUPERIOR É HORA DE BUSCAR OS ESTÁGIOS NA ÁREA.

MAS O QUE AS EMPRESAS ESPERAM DO ESTAGIÁRIO OU TRAINEE??

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O que as empresas procuram nos candidatos

Portal traz as 15 competências mais solicitadas nas ofertas de estágio e trainee e como elas podem ser identificadas

Arthur Lopez | 28/03/2011 05:31
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É fácil entender que nenhuma empresa vai querer um profissional sem compromisso, pouco colaborativo e que não saiba trabalhar em equipe. Mesmo assim, essas competências continuam sendo anunciadas como pré-requisitos das vagas de estágio e trainee e candidatos seguem sendo eliminados por não apresentarem essas características. O portal iG Estágio e Trainee fez uma lista das 15 competências que mais aparecem nas ofertas dos programas das empresas e conversou com especialistas de recrutamento para saber quando essas características são avaliadas e a importância delas na seleção. Saiba ainda como você pode se destacar na disputa por uma vaga e a importância do acompanhamento de um coaching de carreira para quem quer se preparar para um recrutamento concorrido.
Foto: DivulgaçãoAmpliar
Trainees da Boticário: trabalho em equipe é valorizado
Veja a lista das 15 competências mais comuns e como podem aparecer nos recrutamentos. Conheça quais são as competências mais pedidas para os jovenscomo elas são identificadasquem é o escolhido e o que pode ser mais importante no futuro.
Não vale a pena maquiar – A primeira dica dos profissionais de recrutamento para quem vai disputar uma vaga de estágio ou trainee é não tentar identificar a competência em avaliação durante uma dinâmica, por exemplo, e ainda procurar maquiar seu comportamento para demonstrá-la. “Você não sabe e não vai saber o que está sendo avaliado”, diz a Mariângela Cifelli, gerente executiva da Page Personnel, que faz o recrutamento para a Cosan e Lojas Americanas. Segundo ela, alguém que queira demonstrar que tem liderança, sem ter, pode forçar situações e não dar espaço para que outros participem da atividade proposta. “Se a avaliação for por trabalho em equipe, ele está reprovado”, diz. Mesmo se conseguir passar, a falta dessa característica maquiada na seleção vai ser identificada no dia a dia da empresa. De acordo com a profissional, o importante é se deixar avaliar.
Competências dos jovens – Os processos de seleção têm dois grupos de competências sendo avaliadas a pedido das companhias quando definiu o perfil da vaga anunciada. Primeiro são as corporativas, que tratam dos valores da empresa, como as questões sobre ética e de como tratar o produto, seus cliente. Geralmente, esses dados estão no site da empresa. Em seguida vêm as competências específicas da função. De acordo com Natália Caroline Varga, coordenadora de seleção do Núcleo Brasileiro de Estágio (Nube), um dos principais agentes de integração entre estudante e empresas do país, para os profissionais jovens, como estagiários e trainees, as características mais pedidas são relacionamento interpessoal, trabalho em equipe, liderança, orientação para resultados e proatividade.
Como são identificadas – As principais ferramentas dos recrutadores para identificar as competências são as entrevistas, as dinâmicas, os estudos de caso e o histórico do que o candidato já vivenciou. É aí que contam as experiências de voluntariado e trabalhos extracurriculares. Os selecionadores podem criar situações para verificar como o candidato reage. Eles querem basicamente saber três coisas: o conhecimento que o estudante ou recém formado tem sobre aquela característica, a habilidade em lidar com ela e, principalmente, se tem atitude relacionada a ela, se a traz com ele em seu dia a dia.
Foto: DivulgaçãoAmpliar
Estagiárias da Bayer: saber ouvir é uma das competências difíceis de encontrar
Quem é o escolhido – O candidato não precisa apresentar todas as competências pedidas pelas empresas para o perfil da vaga. Segundo Marshal Raffa, diretor executivo da Ricardo Xavier Recursos Humanos, empresa especializada em planejamento de carreira, o principal que será avaliado é se o candidato tem a condição e a pré-disposição para entregar os resultados ou tarefas que forem pedidas no ambiente de trabalho. “Se demonstrar isso e faltar alguma competência que pode ser desenvolvida, ele será aprovado e já saberemos o que tem de ser trabalhado com ele para benefício dele e da empresa”, diz. Raffa afirma que o mais difícil de encontrar entre os jovens é a capacidade de ouvir e a disposição para aprender.
Competência após a crise de 2008 – De acordo com o professor Roberto Heloani, que dá aula na área de recursos humanos na Unicamp e Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), as empresas têm voltado a valorizar o compromisso do profissional com a empresa mesmo nos momentos difíceis. Essa era uma competência que ficou esquecida nos anos 70, diz ele, e que voltou agora depois da crise econômica de 2008. “Estamos chamando isso de compromisso com uma organização sustentável, que é a capacidade de se dedicar pelo fortalecimento da companhia.” O professor aponta essa como uma tendência para o futuro, que pode ter reflexos nos processos de recrutamento para novos talentos.
As 15 competências mais comuns e como podem aparecer nos recrutamentos:
1. Colaborativo (trabalho em equipe) – Requisitado para a maioria das vagas oferecidas, principalmente para estágio. Entre suas características, destacam-se o foco no objetivo da equipe, na hora de uma decisão pede a opinião de todos e acaba tendo o respeito e a confiança dos colegas.
2. Compromisso – Embora nem sempre presente nos anúncios de vagas é requisito básico e sempre é analisado pelos recrutadores. É observado mais nos candidatos que não apresentam essa característica, que são geralmente eliminados. Acontece, por exemplo, nos candidatos que faltam ou se atrasam para alguma etapa e não avisam, ou sequer consultaram o site da empresa antes de se inscrever ou participar de uma dinâmica ou entrevista.
3. Comunicação – Também pode ser requisitada para todos os tipos de vagas. A avaliação dessa característica muitas vezes começa já no currículo, mas também é freqüente nas dinâmicas na apresentação pessoal e com certeza na entrevista. Dica: quando quem faz o contato por telefone com o candidato for um selecionador, e não um atendente de call center, o quesito capacidade de comunicação estará sendo avaliado. Pode se sair melhor quem for claro e interessado pela vaga.
4. Criatividade – Mais comum para áreas de marketing, comunicação, mas é vista também para vagas de engenheiros que irão lidar com projetos, administradores para setores que elaboram estratégias. No recrutamento, é avaliado geralmente durante a solução de um caso de trabalho. Dica: aguarde a apresentação de uma situação inesperada e terá de apresentar uma solução, de preferência inovadora.
5. Empreendedorismo – Mais difícil de aparecer nos recrutamentos porque a maioria das vagas visa contratar um profissional que permaneça na empresa e empreendedorismo muitas vezes é encarado como a vontade de abrir o próprio negócio. Se for pedido, saiba que se trata da característica de alguém que procura a independência, tem iniciativa e busca se destacar mais sozinho.
6. Flexibilidade – Muito comum nos processos para trainee de gestão, que são treinados para ter uma visão geral da empresa e devem atuar no treinamento nos principais setores da companhia, com diferentes rotinas, pessoas e até objetivos. No estágio, é pedida para programas que também fazem rodízio de áreas (job rotattion), geralmente para a área comercial. A falta dessa qualidade é notada no candidato que reage mal a uma opinião diferente, por exemplo.
7. Liderança – Outra característica muito comum nos programas de trainee e pouco presente nos de estágio. O primeiro faz parte de um investimento da empresa na formação de seus gerentes e executivos, o que dificilmente faz parte do objetivo do estágio.
8. Objetivo (ter um) – Saber qual o objetivo é uma das perguntas mais frequentes durante as seleções de estágio, trainee ou qualquer outro profissional. Ter algum já pode ser considerado um ponto positivo, mas se este for estar em pouco tempo na cadeira de presidente da empresa, ou qualquer outra coisa improvável, pode demonstrar que o candidato vai se frustrar se conseguir aquela vaga e prejudicar sua seleção. O que o recrutador procurar ouvir é se o objetivo tem algo similar com o objetivo da empresa e se ela faz parte das metas do candidato. Dica: conhecer os objetivos, metas e valores da empresa, geralmente expressas nos sites oficiais.
9. Organização – Ninguém vai preferir um candidato desorganizado em vez de um organizado, principalmente se a vaga for para a área administrativa, financeira ou para profissionais que podem trabalhar sozinhos, como na área de desenvolvimento. Mas pode não ser eliminatória. Se o candidato tiver outras competências mais importantes para a empresa, o departamento de recursos humanos já saberá o que deve desenvolver nesse trainee ou estagiário.
10. Orientação para resultados – Mais uma competência entendida como obrigatória, mas que pode vir com mais peso ainda quando descrita como foco no cliente, que pode se externo ou interno, como gestores ou outros setores da empresa. Também é mais comum em áreas com demanda por prazos muito restritos, como área comercial e de projetos.
11. Otimismo ou ser positivo – Embora presente em alguns processos, é mais visto por especialistas como uma característica da personalidade e não uma competência que pode facilmente ser desenvolvida, por exemplo. Algumas áreas podem preferir alguém mais realistado que o otimista. Outras podem preferir alguém assim para motivar equipe.
12. Poder analítico – Mais comum como pré-requisito para funções que lidam, por exemplo, com planilhas ou processos de seleção de pessoas. É analisado no recrutamento durante a dinâmica, na análise de um problema sugerido. O candidato deve demonstrar como analisou a questão antes de sugerir a solução, identifica causa e efeitos das ações. É notado que falta essa característica em quem não tem paciência e acha o processo muito tedioso.
13. Proatividade – É o que se busca de todo profissional contratado para qualquer área. Basicamente é visto no dia a dia da empresa, e também no processo de seleção, principalmente nas dinâmicas e soluções de caso, se o candidato, com ética e respeito aos colegas, se antecipa e procurar ir além. A dica é não se limitar ao que for pedido e procurar um diferencial.
14. Visão estratégica – Muito específica para áreas de planejamento, que podem ser de marketing, administração ou projetos e mais presentes a ofertas de vagas para trainee. Refere-se à capacidade de identificar riscos e oportunidades, antever os resultados para as ações propostas. Presente na avaliação durante estudos de caso. 
15. Visão generalista (global) – Também é considerada por especialistas como uma habilidade pessoal. Mais valorizada em áreas que requerem o conhecimento da companhia como um todo, por exemplo, o departamento comercial ou de gestão.

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